32 anos: o que muda quando a gente enxerga a vida diferente
- Isabel Debatin
- 23 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de mar.

Eu sempre fui uma menina sonhadora. Nunca me poupei de ter sonhos, porque sonhar é de graça. E a vida sem sonhos seria uma vida vazia. Mas com o tempo, aprendi que os sonhos mudam. Alguns ficam guardados numa caixinha para outro momento, outros são substituídos. E tudo bem. Cada fase da minha vida teve um tipo de sonho, e foi assim que a vida foi acontecendo. Hoje, aos 32 anos (🎂), percebo que, mais do que sonhos, o importante é entender que o processo nos transforma.
Se eu pudesse definir em três palavras o que moldou a Isabel de hoje, seria: vulnerabilidade, mudança e empatia!
A beleza de ser vulnerável... Passei muito tempo acreditando que eu precisava ser forte. Criamos essa armadura para que os outros não nos vejam como frágeis, mas aprendi que ser vulnerável não é fraqueza, é liberdade. A liberdade de dizer "não", de admitir que precisamos de tempo, de mostrar que erramos e que estamos aprendendo. Isso tira de nós um peso desnecessário e nos conecta de verdade com as pessoas.
Mudar... Outro aprendizado que me transformou foi entender que não preciso ser a mesma para sempre. Muitas vezes, acreditamos que somos de um jeito e que vamos permanecer assim, mas a verdade é que a mudança é uma escolha. Podemos mudar de opinião, de perspectiva, de caminho. E isso não significa inconstância, significa evolução.
O olhar da empatia... Aprendi a me colocar no lugar do outro. Isso não significa explicar tudo, mas tentar entender. O que fez aquela pessoa agir assim? Que história ela carrega? Esse exercício muda a forma como lidamos com o mundo, porque nos lembramos que cada um tem sua trajetória, seus desafios e seus momentos difíceis.
O peso das comparações e a liberdade de seguir meu próprio tempo... Já me comparei muito. Aos 20,25 anos, achava que eu precisava ter uma casa própria, um carro, uma casa na praia, ter conhecido 196 países, ou seja... uma vida parecida com a que eu via na internet (e olha que 10 anos atrás a internet era bem diferente do que é hoje). Até perceber que cada um tem o seu ritmo, e cada conquista tem a sua hora. Algumas pessoas têm tudo muito cedo, outras constroem aos poucos. O que importa é não seguir o cronograma alheio, mas encontrar a felicidade dentro da minha própria jornada.
Aniversário é um ato de gratidão... Sempre enxerguei meu aniversário como um marco. Para mim, é um dia de festa, de comemoração, porque cada ano traz perdas & vitórias, desafios & mudanças. E tudo isso faz parte de quem eu sou, me tornou quem sou hoje. Se existe algo que me enche de gratidão, é a minha capacidade de me reinventar, de seguir em frente e de continuar sonhando.
Agora... se eu pudesse agradecer a três pessoas, seriam eles: Guilherme, Gustavo e Antônio – a família que eu construí. Gui, o homem que escolhi para dividir o resto da minha vida. E Gustavo e Antônio, os presentes que Deus me enviou e que me transformam todos os dias. Mas, mais do que pessoas, sou grata aos núcleos que me cercam: minha família de origem, meus amigos e as pessoas que escolheram ter por perto.
Aos 32, eu quero transbordar... Tenho certeza que esse novo ciclo será um momento importante da minha vida para que eu possa transbordar . Quero compartilhar o que aprendi, dividir conhecimento, motivação, inspiração. Quero usar a internet para ajudar outras pessoas a se enxergarem de maneira mais leve, sem culpa, sem pressão, apenas com a certeza de que o crescimento é constante e que tudo bem mudar.
Cheguei até aqui depois de passar por muitas e muitas momentos. Mas cheguei. E agora, quero seguir olhando para a vida com coragem, com leveza e, acima de tudo, com gratidão.
Um abraço carinhoso,
Isabel Debatin
Comments