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Começos, recomeços e o que precisa continuar…

  • Foto do escritor: Isabel Debatin
    Isabel Debatin
  • 22 de jan.
  • 2 min de leitura

O início do ano é como uma página em branco, pronta para ser preenchida com novos projetos, sonhos e recomeços. Mas existe algo que é preciso pontuar: nem tudo se reinventa automaticamente no dia 1º de janeiro. Enquanto encerramos algumas coisas junto com o ano que passou e terminou, outras permanecem, pedindo cuidado, atenção e decisão.


Recomeçar é também reconhecer o que precisa ser mantido e o que requer coragem para ser deixado para trás.


Existem aspectos da nossa vida que escolhemos preservar porque nos trazem sentido e conexão. No entanto, essas coisas não florescem sozinhas, elas exigem manutenção constante. Afinal, recomeços também envolvem continuidade. Não basta querer que algo bom se mantenha em nossa vida, é preciso agir para que isso aconteça.


E há ainda as coisas que não são escolhas, mas responsabilidades que atravessam os limites do calendário. Projetos que começam antes de janeiro e exigem nossa atenção mesmo quando o mundo parece focado em recomeçar. Essas continuidades nos lembram que a vida não segue um cronograma exato e que as conquistas mais significativas costumam ser aquelas que requerem paciência e dedicação a longo prazo.


Por outro lado, encerrar ciclos é igualmente importante e, muitas vezes, mais difícil. Adiamos fins porque eles nos confrontam com o desconhecido, com o vazio que algo antigo pode deixar.


“Encerrar algo não é apenas fechar uma porta; é abrir espaço para outras possibilidades”. Neil Gaiman, em The View from the Cheap Seats

Que tal vermos o ato de deixar ir como uma oportunidade de crescimento e não como uma perda? Manter o que não faz mais sentido é como carregar uma mala pesada demais; a cada passo, ela nos cansa mais.


E a coragem, uma grande aliada a isso tudo, nada mais é do que entender quando é o momento de perseverar e quando deixar ir. Ter esse entendimento é fundamental para que possamos equilibrar os elementos que compõem nossa vida.


Quando adiamos encerramentos necessários, acabamos presos em ciclos de insatisfação que drenam nossa energia e dificultam os novos começos. Em contrapartida, quando escolhemos conscientemente o que deve permanecer, damos espaço para que essas coisas cresçam com mais força e significado. Mas tornar tudo isso consciente leva tempo e vontade de se autoconhecer e abrir aquelas gavetinhas que muitas vezes queremos deixar fechadas e cheias de bagunça.


Recomeçar, portanto, não é apenas um ato de criar algo novo, mas de revisitar o velho com honestidade.


“A cada dia recomeço a vida, a cada dia reinvento o tempo, e vou descobrindo que tudo o que fica, fica porque é essencial.” Carlos Drummond de Andrade

Talvez essa seja a maior lição que os recomeços nos oferecem: a chance de diferenciar o essencial do supérfluo, de cuidar do que importa e de, finalmente, soltar aquilo que precisa ser deixado para trás.

Como tem sido esse início de ano e esse recomeço pra você? Me conta!


Feliz 2025, que você possa aproveitar todas as oportunidades que a vida te enviar e criar lindas memórias.



Um abraço carinhoso,

Isabel Debatin


 
 
 

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