Manter amizades na vida adulta é um desafio real – mas será que precisa ser assim?
- Isabel Debatin
- 4 de fev.
- 2 min de leitura

Com a correria do dia a dia, as responsabilidades se acumulam, e sem perceber, as amizades vão ficando em segundo plano. O tempo parece escorrer pelos dedos, dividido entre trabalho, família, compromissos e aquele cansaço que nos faz cancelar planos de última hora. Quando nos damos conta, já se passaram meses – ou até anos – desde a última conversa genuína com alguém que já foi parte essencial da nossa vida.
Fazer amigos na infância e adolescência parecia natural. O ambiente escolar, as festas de aniversário e até as tardes sem compromisso criavam laços quase sem esforço. Mas e depois? Por que, com o passar dos anos, essa espontaneidade desaparece?
Estudos mostram que, após os 23 anos, a facilidade para criar novas amizades diminui consideravelmente. As rotinas se tornam mais rígidas, os círculos sociais mais fechados, e a simples ideia de tentar se conectar com alguém novo parece um desafio intimidador.
Talvez parte da dificuldade esteja na insegurança: será que essa pessoa realmente quer uma nova amizade? Será que estou forçando a barra? Ou então no medo da rejeição, no receio de ser o único que ainda se importa.
Mas amizades não se sustentam sozinhas. Pequenos gestos – uma mensagem, um café rápido no meio da semana, uma ligação sem motivo – podem ser o suficiente para reacender uma conexão adormecida.

E quando o problema não é manter, mas sim encontrar novas amizades?
Talvez a resposta esteja em simplesmente se permitir. Participar de algo novo, abrir espaço na agenda para conhecer pessoas com interesses parecidos e, acima de tudo, estar disposto a se conectar. Muitas vezes, a amizade começa onde menos esperamos – uma conversa aleatória na academia, um curso que parecia despretensioso ou até um comentário em um post nas redes sociais.
No fim das contas, amizades não seguem regras rígidas, mas precisam de intenção. São essas conexões que nos dão suporte nos momentos difíceis, nos fazem rir nos dias comuns e nos lembram que não estamos sozinhos nessa jornada. E se há algo que podemos aprender com a vida adulta, é que qualquer relação precisa de cuidado para florescer.
Então, que tal mandar aquela mensagem para um amigo com quem você não fala há tempos? Pode ser o primeiro passo para reencontrar uma conexão valiosa – ou até criar uma nova. Afinal, o que realmente importa não é a quantidade de amigos, mas sim a qualidade das relações que escolhemos cultivar.
Um abraço carinhoso,
Isabel Debatin
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